O poeta anarquista
  Aniversário

Amanhã faço 33 anos
"Bonita idade!" dirão uns
"Número da sorte!" dirão outros
"Boa merda!" direi eu

Festejos, parabéns e abraços
São comuns nestas ocasiões
Prendas, almoços e jantares
São usuais nestas comemorações
"Tretas!" direi eu

Amanhã vou festejar a trabalhar
Amanhã vou comemorar a pensar
Amanhã vou presentear-me a pinar
Amanhã vou convencer-me a continuar

Sem festas
Sem parabéns
Sem abraços
Sem prendas
Sem merdas
Sem tretas
Sem glórias
Sem mentiras
Sem hipócricias
Enfim, livre!

 
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  Mar

A vida é como um mar...
E eu, barco à deriva no mar da vida,
Sinto a cada momento que passa
O teu corpo é o meu verdadeiro porto
 
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  Um amor

Musa da minha alma
Bela como um sonho
Teu corpo inspira a este ser imbecil
Um amor sempre embriagado e eterno
Sem poderes ou direitos...
Resta a cura ou o abismo
 
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  Sonhei

Sonhei!
Sonhei que eu e ela levitavamos sobre o mar
Sonhei que eu e ela passeavamos nas nuvens
Sonhei que eu e ela caminhavamos pelo céu

Sonhei!
Sonhei que ligados pela alma saltitavamos de estrela em estrela
Sonhei que unidos pelo corpo disfrutavamos o caos
Sonhei que lado a lado no amor atingiamos o infinito

Sonhei!
Sonhei que nos encontravamos num lugar
Onde não há Tempo nem espaço
Onde não há doença nem morte
Onde não há limites nem limitações

Sonhei!
Sonhei que estavamos num cantinho
Onde só há o amor e o prazer
Onde só há o sublime e o divinal
Onde dois podem ser um...

Sonhei!?
 
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  Todo um corpo de mulher...

Essa cona molhada
Esse cú enorme
Essa boca brochista
Esses lábios eróticos
Essas pernas torneadas
Esses mamilos erectos
Todo um corpo divinal...

Cona que merece ser fodida
Cú que vale a pena comer
Boca em que o caralho é rei
Lábios que apelam à tesão
Pernas deslumbrantes à vista
Tetas moldadas às mãos
Corpo provocante, erótico, sensual...
 
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  Eles não sabem...

Esta vida são dois dias e amanhã é o terceiro...
Porque será que esta gente parece pensar diferentemente
Que esta vida são dois milénios e amanhã é domingo?

Passam pela vida como ovelhas num rebanho
E todos vaidosos e contentes fazem de carneiros
Fazem venias ao rei, lambem as botas ao chefe
E todos orgulhosos e satisfeitos fazem de carneiros

Quem assim não faz, não regula bem
Quem não segue o rebanho, é ovelha tresmalhada
Quem assim não pensa, é meio maluco
Quem pensa, não interessa ao sistema

Mas as ovelhas exigem do sistema que este lhes forneça:
Automóveis, telemóveis, moda, design, jogos, discotecas, boites
Viagens, jantaradas, putas, concursos, novelas, futebol, túneis,
Viadutos, auto-estradas, status, segurança, fama, imortalidade...

Eles não sabem que tudo são mentiras
Eles não percebem que tudo isso é virtual
Eles não entendem que são só ilusões
Eles não sabem...
Eles não pensam...
Eles não sonham...
Intertidos com as ilusões e as mentiras que lhes vendem
 
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"Esse homem natural, anterior ao pudor e a culpa, teria exposto, em linguagem poetica, os seus instintos, a sua fome de gozo, de posse, de luxuria, com a ingenuidade luminosa de quem estivesse isento de pecado - instintivo, brutal e lubrico".

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